terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ditadura Militar no Brasil

Ditadura Militar: período de 21 anos em que os militares governaram o país, criaram o AI-5 e destruíram os direitos civis, esmagando sonhos e esperanças de tantos brasileiros. A ditadura durou d e1964, após a queda de João Goulart até 1985. Vejamos os principais acontecimentos:


- 1964: João Goulart, então presidente do Brasil, foi deposto por ser oposição às elites conservadoras do país. O golpe d e64 contou com apoio das elites brasileiras, da igreja, dos políticos de direita e dos EUA, que defendiam os governos de extrema direita na AMérica Latina, com medo da ameaça "comunista" (lembrem-se de Cuba!)


O governo militar apresentou 3 momentos distintos e importantes:

- o início do sistema militar: 1964/68, quando Castelo Branco determina, por meio dos AI's, eleições indiretas para presidente, dissolução dos partidos políticos (bipartidarismo: ARENA e MDB);

- Os Anos de Chumbo (principalmente com Médici o poder), a partir de 1968, quando Costa e Silva decreta o mais famigerado dos Atos Institucionais: AI-5. A partir dessa data, TODOS os direitos civis foram extintos. Repressões, perseguições, fim do Habeas Corpus, prisões, CENSURA! Censura a todo e qualquer veículo de comunicação que pudesse ser contra o regime militar. Nessa época, artistas, jornalistas, escritores, como Geraldo Vandré (Pra não dizer que não falei das flores), Chico Buarque (Cálice, maravilhosa), os Mutantes (de Rita Lee, ouçam Panis et Circenses, é fantástica), Ziraldo, Henfil, Beth Mendes, Marieta Severo (a dona Nenê da Grande Família), Raul Seixas (eu também vou reclamar, coragem, etc), entre outros, sofreram violenta repressão, precisando se exilar em outros países. Ourtos como o jornalista Vladmir Herzog, morreram vítimas das frequentes torturas do órgão do exército DOI- CODI (Destacamento de Operações e Informações - Centro de Operações d eDefesa Interna) e do DEOPS (Departamento de Ordem POlítica e Social).

- Abertura Política que teve início por volta de 1977 a durou até 1985, com o fim da Ditadura. O presidente General Ernesto Geisel, iniciou um longo e doloroso processo rumo a redemocratização. Em 1977, devolve o direito de Habeas Corpus e, em 1978, promoveu a Anistia Política, onde presos políticos, perseguidos e exilados, puderam retornar aos seus lares, sem o perigo de serem presos. É dessa época, na bela voz de Elis Regina, a canção "O Bêbado e a Equilibrista" (linda canção, procurem ouvi-la com carinho!).

A partir de 1980, os foram criados diversos partidos políticos (PT é filho da Anisitia Política)

Em 1984, encabeçada por artistas, intelectuais e políticos de oposição ao regime militar, a campanha pelas DIRETAS JÁ! reúne milhares de pessoas (FOTO: vista parcial do Vale do Anhangabaú em 1984). A campanha foi frustrada, pois para as eleições, ainda não seria possível haver voto direto. Contudo, o canditado Tancredo Neves - que era favorito da maioria civil- venceu as eleições. Não assumiu a presidência, pois morreu antes da posse, mas anunciou o fim da Ditadura Militar no Brasil.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os sons da Ditadura...

Quando falamos em Ditadura Militar, é comum lembrarmos das canções que fizeram desse doloroso e sombrio momento de nossa história, algo mais suportável.
Através dessas canções, as vozes quase caladas, puderam emitir sons. e foram exatamente eles (os sons das canções) que ficaram gravados em nossa memória coletiva.
Entre as mais célebres canções de Protesto, temos:

Geraldo Vandré: Disparada, Pra Não dizer que não falei das flores;

Chico Buarque: Caálice, Apesar de Você, Roda Viva, A Banda, Cálice -essa é linda!

Mutantes (banda de Rita Lee, ótima!)

Raul Seixas (o Maluco Beleza também sabia reclamar, tanto que foi passar um tempo em Londres, né?!)
Caetano Veloso: Alegria, Alegria (Caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento...);

Roberto Carlos (Debaixo dos caracóis dos seus cabelos, linda canção!)

Quando puderem, ouçam essas e outras canções. Ouçam com o coração aberto, procurem ler as letras e entender o que dizem. Entrem nas histórias das Marias, Clarices, de Henfil, do rapaz de cabelos encaracolados. Verão que tempos difíceis, cruéis e desumanos produziram canções imortais, para que não nos esqueçamos jamais dessa ditadura!